O roubo milionário a um cassino de Mendoza, na Argentina
– um crime que na época chamou atenção por suas características – terminou impune. Assim foi divulgado após a decisão da Justiça, que determinou o arquivamento do processo de todos os envolvidos.
A decisão foi tomada pelo juiz penal Fernando Ugarte, que absolveu os funcionários suspeitos de terem cometido o roubo – um da tesouraria, dois administrativos, dois seguranças e um policial –, que já estavam em liberdade. A inocência foi provada? Não. Mas o processo foi encerrado devido ao tempo transcorrido desde a imputação, em março de 2017.
Todos eram acusados de peculato e enfrentaram uma audiência de arquivamento do processo a pedido de seus defensores, que não foi contestada pela promotoria diante da falta de provas contra os suspeitos.
Assim foi o roubo milionário ao cassino
Segundo informou o Diario Los Andes, o chamativo roubo ao anexo do Cassino de Mendoza, localizado no centro de Tupungato, ocorreu na madrugada de 29 de março de 2017, sugestivamente um mês antes do fechamento ordenado pelo Instituto de Jogos e Cassinos. A instituição, contudo, não perdeu o dinheiro, já que o seguro repôs os 3.002.000 pesos que os assaltantes levaram sem ameaçar os funcionários, nem arrombar instalações ou a porta do cofre.

Essas características do crime levantaram muitas dúvidas. A polícia do departamento assegurou, após o roubo, que em todos os anos de funcionamento dos cassinos administrados pela província, tanto em Tupungato como em San Carlos, nunca havia sido registrado nenhum assalto – e justamente aconteceu quando se tornou pública a notícia de que o local iria encerrar suas atividades.
Na madrugada do crime, o cassino fechou como de costume às 4h, mas uma porta lateral, à direita do edifício, ficou aberta. Por ali costumava sair o pessoal do setor de jogos e da contabilidade. Àquela hora, só permaneciam no local os funcionários administrativos encarregados da arrecadação, os de limpeza, além de um policial em serviço extraordinário e um segurança particular – ao todo, oito pessoas.
Somente às 8h45 foi descoberto que faltava uma grande quantia de dinheiro, quando o contador chegou ao seu escritório e encontrou a porta da tesouraria aberta, assim como a do cofre.
“O que chama a atenção é que 3 milhões de pesos é um volume muito grande para que a polícia, que controla quem entra e sai do local, não percebesse. Além disso, não havia vidros quebrados nem portas arrombadas”, afirmou o comissário da 20ª Delegacia de Tupungato.
Os investigadores também constataram que uma das câmeras que mostrava a área onde o dinheiro era guardado estava desconectada.
