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Robôs do poker? O debate sobre a falta de emoção nos high stakes

Seidel, Ivey, Phua

Nos palcos mais prestigiados do poker mundial – os high stakes, onde se jogam milhões em uma única mão – os protagonistas raramente sorriem, gritam ou comemoram com efusividade. Teria o poker de elite se transformado em um espetáculo sem alma, dominado por jogadores que parecem mais máquinas do que pessoas? A discussão ganhou força após as declarações de Seth Davies Flag of Estados Unidos no EPT Barcelona 2025.

A visão de Davies: respeito pelas derrotas

Seth Davies, atual campeão do Super High Roller de US$250.000 na WSOP e 16º colocado no ranking histórico do HendonMob, apresentou uma visão que quebra o clichê. Para ele, a ausência de celebração não é apatia, mas sim consequência da brutalidade do circuito.

“O poker de torneios é perder e perder por milhares de horas. Quando finalmente se ganha, o que se sente não é alegria transbordante, mas empatia pelo rival que acabou de ser eliminado, porque você mesmo já esteve nessa posição vezes demais”, explicou. Davies confessou ainda que, em Barcelona, após investir €350.000 em buy-ins sem resultados imediatos, a contenção emocional se torna quase um mecanismo de sobrevivência.

Um problema para o espetáculo?

O raciocínio de Davies, no entanto, não convence a todos. Para alguns, a sobriedade excessiva pode prejudicar a imagem do jogo. Em um esporte mental que também depende do apelo midiático, não deveria haver espaço para a emoção?

Dan “Jungleman” Cates Flag of Estados Unidos foi um dos primeiros a reagir. O polêmico high roller defendeu que profissionalismo e entretenimento não são excludentes: “Ser profissional também é considerar o valor esperado de gerar espetáculo. A emoção pode ser rentável e, ao mesmo tempo, respeitosa.”

Negreanu, a voz do showman

Daniel Negreanu Flag of Canadá, ícone da era de ouro televisiva do poker, foi ainda mais enfático: “O poker se alimenta das emoções de suas estrelas, como qualquer esporte. Alguém imagina Michael Jordan sem comemorar um arremesso decisivo ou Tiger Woods sem seu famoso punho cerrado?” Para o “Kid Poker”, o essencial é a autenticidade: se um jogador sente vontade de celebrar, fazê-lo não é falta de respeito, mas parte da essência competitiva.

Daniel Negreanu é um showman nas mesas.

Negreanu também lembrou que, nos níveis mais baixos, onde se joga dinheiro real, a contenção faz sentido por respeito aos amadores. Mas nos high stakes, segundo ele, a justificativa da empatia perde força: “É um mundo implacável. Quem não tolera uma comemoração talvez não esteja pronto para esse nível.”

Entre dois mundos high stakes

O debate revela uma fratura geracional. Os jogadores modernos parecem priorizar a disciplina, o autocontrole e a eficiência. Já seus predecessores entendem o poker como esporte-espetáculo, onde gestos, tensão e rivalidades são tão valiosos quanto as fichas em jogo.

Quem está com a razão? Provavelmente ambos. O que está em disputa é se o poker deve ser visto apenas como um esporte mental de elite ou também como um show capaz de prender milhões de espectadores diante das telas

Fonte: PokerNews

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