Nesta segunda-feira, o ACR poker confirmou a saída de José Ignacio “Nacho” Barbero
de seu Team Pro. A decisão foi tomada depois que o argentino disse publicamente que a sala não controla o uso de software RTA em suas mesas online. Mesmo Barbero negando ter trapaceado, seus comentários inflaram ainda mais a polêmica.
No entanto, esta não é a primeira vez que uma figura de destaque se despede de um time profissional em circunstâncias intensas ou simbólicas, com grandes saídas marcando a história do poker moderno. Aqui, relembramos cinco rupturas que sacudiram a indústria e o que ocorreu com seus protagonistas.
1. Daniel Negreanu e o adeus para a PokerStars (2019)
Negreanu
foi a cara da PokerStars durante mais de uma década. Embaixador global e figura chave do boom do poker online, sua saída em 2019 marcou o fim de uma era.
A ruptura se deu de forma pacífica, mas coincidiu com um crescente mal-estar da comunidade. Muitos criticavam as mudanças no sistema de recompensas da sala, e a despedida soou como um sinal claro de distanciamento.
Pouco depois, Negreanu assinou com a GGPoker, onde atualmente é o principal embaixador global. Sua nova etapa tem sido igualmente midiática, com transmissões, conteúdos e presença em eventos de alto perfil.

Daniel Negreanu se desligou do team Pro da PokerStars em 2019
2. Chris Moneymaker e o fim de uma era (2020)
A saída de Chris Moneymaker
foi uma das mais emocionantes da história do poker. Campeão do Main Event da WSOP 2003, sua vitória impulsionou o chamado “efeito Moneymaker” e mudou o jogo para sempre.
Após 17 anos com a PokerStars, decidiu deixar a equipe para focar em sua família. Mesmo sem controvérsias, sua saída deixou um vazio simbólico entre os fãs do poker online.
Tempos depois, ele voltou aos holofotes como embaixador do ACR Poker, mesmo que sua presença em competições tenha sido mais moderada que em seus anos de glória.

Chris Moneymaker es actualmente embajador del team ACR Pro
3. Vanessa Selbst e a aposentadoria inesperada (2018)
Selbst
é considerada por muitos como a melhor jogadora de poker de todos os tempos, com três braceletes da WSOP e milhões em ganhos justificando essa fama.
Em 2018, anunciou que se aposentaria do poker profissional e deixaria a PokerStars, uma decisão motivada pelo desejo de uma vida mais estável e menos exposta à pressão emocional.
Atualmente, trabalha no setor financeiro em Nova York, apesar de ainda se manter ligada ao poker através de eventos beneficentes e causas sociais.

Vanessa Selbst deixou o poker profissional de lado e agora o pratica apenas ocasionalmente.
4. Bertrand “ElkY” Grospellier e suas duas rupturas (2018 e 2025)
ElkY
foi um dos primeiros grandes rostos europeus do poker online. Também é figura de destaque nos e-sports, tornando-se um verdadeiro ícone por seus resultados e estilo.
O jogador deixou a PokerStars em 2018 e, anos mais tarde, em 2025, também saiu da GGPoker, ambas as vezes sem escândalos. As ocasiões não passaram de finais de ciclo naturais, mas foram igualmente significativas pelo seu peso na indústria.
Hoje, segue jogando high stakes de forma ocasional, de maneira mais discreta. Tem focado em sua vida familiar, com aparições pontuais em eventos internacionais.

Bertrand Grospellier é um jogador ocasional de high stakes.
5. Jason Mercier e a saída pelo amor (2017)
Com múltiplos braceletes WSOP e uma das trajetórias mais consistentes do circuito, Jason Mercier
decidiu abandonar as competições em 2017.
Sua motivação foi clara: dedicar mais tempo para a sua família e ao nascimento do seu filho. Sua saída da PokerStars foi uma das mais respeitadas e humanas.
Desde então, joga esporadicamente na Flórida, treina novos talentos e aproveita uma vida mais tranquila. Seu legado segue vivo em cada mesa onde já tenha deixado sua marca.

Jason Mercier, jogador respeitado na comunidade internacional do poker.
As despedidas em times de poker são mais que simples saídas contratuais. Elas falam de valores, desgastes, prioridades pessoais e evolução profissional.
Algumas, como a de Barbero, estão repletas de controvérsias. Outras, como as de Selbst ou Mercier, são decisões profundamente humanas.
No fim, cada saída deixa uma marca, e muitas vezes assinalam o fim de uma etapa importante na história do jogo.
