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Aram Zobian revela cinco estratégias para se destacar em torneios ao vivo

Aram Zobian Flag of Estados Unidos não é apenas um finalista do Main Event da WSOP 2018 — ele também é um dos jogadores mais eficientes na hora de explorar os erros dos adversários em torneios ao vivo. Em sua participação mais recente para a PokerCoaching.com, apresentou cinco jogadas que, embora não sejam revolucionárias, têm impacto direto no seu winrate. Vamos listar e explicar cada uma delas.

O primeiro desses ajustes é tão simples quanto poderoso: desistir de mãos marginais, mesmo quando parecem boas demais para serem largadas. Muitos jogadores se convencem de que devem ir até o river com mãos que tecnicamente estão no range. Mas Zobian sugere que, em torneios ao vivo — onde a maioria dos oponentes não blefa de forma equilibrada — é melhor evitar esse desgaste. Se o rival aposta meio pote no flop e repete no turn sem contar uma história clara, o melhor a fazer é largar a mão. Foldar não é fraqueza — é economia de fichas para spots mais claros. Saber recuar na hora certa contra jogadores pouco criativos pode ser a diferença entre manter um stack saudável ou ser eliminado cedo.

A segunda jogada é menos comum, mas igualmente eficiente: apostar muito pouco no turn para preparar um blefe forte no river. Essa jogada, que raramente aparece nas soluções GTO, se baseia em explorar a passividade de muitos adversários. Ao fazer uma aposta bem pequena no turn — algo em torno de 15% do pote — o range do oponente permanece amplo. Depois, uma aposta grande no river se torna muito mais convincente. Segundo Zobian, essa sequência funciona especialmente bem contra jogadores recreativos ou regulares passivos que evitam decisões difíceis.

Foldar não é fraqueza — é economia de fichas para spots mais claros.

Outra dica importante destacada por Zobian é algo raro em torneios ao vivo: apostar forte por valor já no flop. A maioria dos jogadores costuma usar tamanhos pequenos por inércia, seguindo linhas mais “sólidas” ou conservadoras. Mas, na prática, quando se tem uma mão forte em boards nos quais o adversário costuma conectar cartas — como top pair ou overpairs —, apostas grandes podem extrair muito mais valor.

Zobian dá o exemplo de um board como 10-8-3 rainbow. Nessa situação, um jogador comum com par médio ou com gutshot vai pagar uma aposta alta sem pensar muito. Então, se você tem um par de valetes ou uma mão dominante, não há motivo para apostar pouco. O range do oponente está cheio de mãos que não vão foldar, e apostas grandes ajudam a construir o pote rapidamente. Aumentar o tamanho da aposta nesses spots não só é lucrativo, como também quebra o padrão previsível que muitos jogadores seguem há anos.

Mais estratégias de Zobian para torneios ao vivo

A quarta estratégia vai além do flop e se estende a toda a estrutura de apostas: não se limitar a apenas um ou dois tamanhos fixos de aposta. Zobian lembra que o jogo se chama No Limit Hold’em, e jogar como se houvesse um teto para as apostas é um erro. Às vezes, a melhor jogada é uma overbet — apostando duas ou até três vezes o valor do pote — especialmente se você percebe que o adversário detesta sair da zona de conforto. Saber variar o tamanho das apostas — desde pequenas apostas de bloqueio até apostas gigantescas — é uma ferramenta que os melhores jogadores dominam e que, em torneios ao vivo, costuma causar estrago.

A última estratégia talvez seja a mais contraintuitiva para quem vem da escola GTO: jogar com ranges bem mais amplos no pré-flop quando os stacks estão profundos. Em torneios onde os stacks iniciais passam das 100 big blinds e os níveis são longos, Zobian sugere que se permitir jogar mãos especulativas pode ser muito lucrativo. Por quê? Porque os erros dos adversários também se ampliam quando há profundidade.

Um exemplo perfeito foi uma mão num torneio de US$ 3K no Wynn, em que ele pagou um raise no botão com 87 offsuit, estando com 400 big blinds. No flop, conectou o nuts e o oponente, com ases, acabou perdendo o stack inteiro. Esse tipo de situação não acontece se você se limita a um range padrão pré-flop. Zobian não está dizendo para sair jogando qualquer coisa, mas sim ter flexibilidade para incluir conectores, suited gappers ou pares baixos quando o cenário for favorável.

O risco é baixo e as recompensas podem ser enormes. É claro que isso exige um bom jogo pós-flop e saber a hora de desistir. Mas, para jogadores com bom controle e capacidade de adaptação, essa abordagem abre caminho para potes gigantescos que não surgiriam de outra forma. Além disso, permite jogar de maneira mais criativa, tirando o equilíbrio de oponentes que só estudam teoria.

Zobian encerra com uma mensagem clara: “O poker ao vivo não recompensa quem decora soluções, mas quem pensa por conta própria em cada situação.” Ser dinâmico, observar, ajustar e ter confiança — essas são as verdadeiras chaves que separam quem apenas participa, daqueles que dominam.

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